Steven Seagal e o blues

O filme do cara acabou de passar esses tempos na Globo: pois é meus caros, estou falando de Steven Seagal. Devo dizer que sempre achei ele (e o resto de atores de filmes de ação) bem engraçado, pois a sua atuação séria era tão horrível (assim como seus filmes) que eram dignas de dar risadas; pior que isso só as frases de impacto do Rambo. Mas enfim, o cara parece que tava tão gordo e velho que resolveu sair da porrada e lançar um disco de blues em 2006. E eu resolvi dar uma olhada...

E putaquepariu hein, santo urso panda dos céus! Mas que porra foi essa?! Não, espera, sério... Calma aí caralho, deixe eu me recompor pois eu estou... IMPRESSIONADO.

Impressionado, pois quando baixei essa porra achei que ia fazer um post xingando até a mãe do mestre do Aikido, mas por incrível que pareça não é um disco ruim!

O nome do CD é Mojo Priest, e pra ficar mais impressionante ainda é o Steven Seagal que está lá cantando E tocando a guitarra. E não são arranjos ruins pela parte da guitarra não, o cara do rabo de cavalo manja do que tá fazendo mesmo. Tá, tá certo que é blues, digamos que é meio limitado a criação de riffs e licks, mas mesmo assim.
A primeira música é a chamada Dark Angel, e possui um tempo que foge um pouco do blues. Tem algumas peculiaridades como um orgão e um backing vocal no refrão, o que sinceramente não gostei muito. Na verdade não curti muito essa música, não foi uma boa escolha pra ser a música de abertura do álbum. Mas felizmente as coisas vão melhorando disco à frente.
Love Doctor é uma boa música. Aqui você vê um blues mais de raiz, com o piano característico ao fundo. Nessa música o cara mostra que realmente sola bem! Mas aí aparece umas coisas que eu não gostei muito, foi que ele botou uma mulher pra cantar o começo no lugar dele. Porra, a voz do Steven Seagal encaixou perfeitamente com o blues, apesar de não ser uma voz tão grave; não tem porque ele chamar outra pessoa pra cantar no lugar do cara! Na música Barbeque por exemplo, fica até de certo modo irritante aquela tia berrando no microfone; apesar de compensar com um bom solo de guitarra depois. Outra mania ruim foi essa inserção de backing vocals fazendo coral em todas as musicas, todas as horas. PORRA! Tá certo que o cara pode curtir um coralzinho, MAS MANERA AÍ NÉ PORRA!
Mas o disco é bem variado, como eu disse tem umas músicas mais voltadas para um blues moderno, mas também tem um simplesmente agitado sem frescuras. Tem até uma música lenta chamada Slow Boat to China. A mixagem também ficou boa, gostei muito do timbre das guitarras do cara. Só não me pergunte sobre o que as letras falam, pois eu nem sequer fui atrás das letras dissso aí, mas a julgar pelos nomes das músicas, como Alligator Ass e Talk to my Ass (O cara curte uma bunda, hein!); não deve ser nada muito crítico! Porém, creio que a proposta do cara foi mais voltada pelo som, e nisso ele cumpriu, pelo menos com as músicas Hoochie Coochie Man e Dust My Broom, que pra mim foram as melhores do álbum.

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Pois é moçada, de fato não é um disco ruim como o AllMusic avaliou (1,5 estrelinhas; porra!) porém também não é um disco tão bom assim. Eu falei bem pra cacete, mas na realidade não porque o disco é bom, mas sim porque eu me impressionei com o disco não ser ruim! Sério! Também não esperem uma obra de arte né cacete, afinal estamos falando de STEVEN SEAGAL e não de LED ZEPPELIN.

Na verdade, estou tão impressionado que vou até criar uma tag chamada STEVEN SEAGAL, pra botar posts que eu não sei que tag colocar lá!